segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Ah você...

Em nossa casa, em nosso canto,
Lugar desejado de se estar durante o dia inteiro.
'Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá,
Os lençóis que se esticam aqui, não se esticam como lá. ’
Sem penas de linho, ou fios de ganso.
Bom é encostar-me você cantando o hino nacional:
'Deitado eternamente em berço esplendido'.
No norte, era maior e passei frio só.
Do outro lado era ainda maior, e era ora frio, ora calor.
Junto de outros já estive, porém eles não me conhecem,
e julgam meus (maus) hábitos.
Você já me conhece e abraça o jeito que sou!
Se você tem vergonha do que vê e ouve, não transparece nada.
Anseio por ti e desejo jogar sobre você minhas frustrações do dia.
Quero não precisar correr para longe de você quando a lua do dia vai alto,
Aquecendo-me a tal ponto que não tenho escolha, a não ser ceder.
E os seus braços pela manha?
Esses verdadeiros tentáculos que me embalam e me pedem para esquecer tudo lá fora.
'Não ha nada de mal. Mais um pouco e te deixo ir’ – Você diz.
Eu sei que é mentira, mas ė doce como mel.
Eu sigo o seu movimento inerte e quando me vê embalada na sua canção,
Dominada, presa fácil reincidente, você puxa o meu tapete e me vejo perdida.
Onde estou? Que dia é hoje? Que horas são?
Ouço seu riso zombeteiro. Caí na sua de novo!
Afasto me culpando, te culpando, nos culpando, mas pelo que?
Só queríamos um pouco mais de tempo para nós.
Vou-me ainda com nesse conflito, e me pego ansiando por você de novo.
Nossa relação é de amor e ódio.
Mas, apesar da dor que às vezes me traz, seja por uma noite mal dormida,
Ou por algo fora do lugar (estaria quebrando?)
Eu sempre vou ser escrava de você,


Minha cama!


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