Exatamente meia noite, sem
jardim do bem e do mal. Só o quarto escuro e o chão onde eu antes dormia.
Insônia nunca foi um problema. Não haviam barulhos estranhos. Não existiam presenças e sensações. Enumerei calmamente as razões pelas quais eu poderia ter acordado àquela hora. Não havia uma resposta. Não foi o caso de abrir os olhos, virar inconscientemente e voltar a dormir. Eu acordei.
E porquê àquela hora?
*Depois eu soube porque*
Essa frase veio de outro mundo para dentro do meu cérebro.
Não era minha e eu não a queria.
Pensei na última hora que verifiquei antes de dormir e fazendo as contas, não havia se passado mais de 20 minutos.
Estava lendo um livro e me senti absorvida pela narrativa. Dormi no meio da trama.
Acordei confusa de um sobressalto.
Estava perdida em meus pensamentos, analisando os motivos de ter acordado, lidando com uma dor de cabeça que começava a aparecer e sendo alvejada com pensamentos sobre o meu trabalho.
Aquele lugar me envenenava e sufocava aos poucos, em pequenas doses.
As perguntas que me foram feitas antes de dormir que ficaram conflitantes no meu inconsciente.
Definitivamente, era demais para o horário.
Estava ficando com fome e minha mente voltava para um macarrão possivelmente cru e sem sal que foi comido por outra pessoa um pouco mais cedo.
Isso porque uma pessoa respondeu a um agente de controle e comando e foi gerado um atrito.
'Não gosto que me respondam'
E eu no meio.
Estrutura no nível negativo para brigas, sendo parte ou presenciando.
Creio que ouvir alguém falando que 'não gosta de outra pessoa, não adianta, não tem vontade de gostar', é algo que toca você em um lugar estranho...'Nem pena existe'.
A fome aumentou e pensei em um chocolate que estava ali, logo ali. Puxei delicadamente o esconderijo e nada do tesouro.
Fiquei por alguns momentos analisando o que me fazia estancar e não continuar procurando pelo doce. *Medo*
Outra palavra do além de mim. Muito certa. Eu tinha medo de ser também alvo daquelas palavras: 'não consigo gostar dela. Me irrita’. Enquanto encarava esse triste fato, paralelamente pensava em como é ruim conviver com o constante medo de decepcionar alguém, mesmo em admitir em algum momento, que se está com fome, sem sono, com medo.
Voltei a ler o livro e a narração entrava em uma descrição de distúrbio de autoflagelação. Sem estômago para imaginar, mas se tinha algo que a minha desperta mente estava boa em fazer, era ser gráfica na encenação dos detalhes.
Me deu fraqueza.
Persisti na leitura e escuto uma frase do além enquanto a leio no livro
*as crianças na floresta fazem jogos selvagens*
Parei na hora para pesquisar se de fato o poema existia ou se era tão falso como a minha coragem.
– o luar é tão urgente e tangível que é preciso fechar as cortinas para se poder pensar em palavras. -
Dizia o site. No desdobrar de palavras eu me sentia pior ainda e sem estrutura para aquilo. O poema era falso afinal.
No fim do site uma pergunta e resposta para um tom sobre tom que martelava na minha mente: por que acordei à meia noite?
O fim da página dizia:
*Ainda não encontrou as respostas? Continue procurando*
Agora sim eu estava com medo.
Insônia nunca foi um problema. Não haviam barulhos estranhos. Não existiam presenças e sensações. Enumerei calmamente as razões pelas quais eu poderia ter acordado àquela hora. Não havia uma resposta. Não foi o caso de abrir os olhos, virar inconscientemente e voltar a dormir. Eu acordei.
E porquê àquela hora?
*Depois eu soube porque*
Essa frase veio de outro mundo para dentro do meu cérebro.
Não era minha e eu não a queria.
Pensei na última hora que verifiquei antes de dormir e fazendo as contas, não havia se passado mais de 20 minutos.
Estava lendo um livro e me senti absorvida pela narrativa. Dormi no meio da trama.
Acordei confusa de um sobressalto.
Estava perdida em meus pensamentos, analisando os motivos de ter acordado, lidando com uma dor de cabeça que começava a aparecer e sendo alvejada com pensamentos sobre o meu trabalho.
Aquele lugar me envenenava e sufocava aos poucos, em pequenas doses.
As perguntas que me foram feitas antes de dormir que ficaram conflitantes no meu inconsciente.
Definitivamente, era demais para o horário.
Estava ficando com fome e minha mente voltava para um macarrão possivelmente cru e sem sal que foi comido por outra pessoa um pouco mais cedo.
Isso porque uma pessoa respondeu a um agente de controle e comando e foi gerado um atrito.
'Não gosto que me respondam'
E eu no meio.
Estrutura no nível negativo para brigas, sendo parte ou presenciando.
Creio que ouvir alguém falando que 'não gosta de outra pessoa, não adianta, não tem vontade de gostar', é algo que toca você em um lugar estranho...'Nem pena existe'.
A fome aumentou e pensei em um chocolate que estava ali, logo ali. Puxei delicadamente o esconderijo e nada do tesouro.
Fiquei por alguns momentos analisando o que me fazia estancar e não continuar procurando pelo doce. *Medo*
Outra palavra do além de mim. Muito certa. Eu tinha medo de ser também alvo daquelas palavras: 'não consigo gostar dela. Me irrita’. Enquanto encarava esse triste fato, paralelamente pensava em como é ruim conviver com o constante medo de decepcionar alguém, mesmo em admitir em algum momento, que se está com fome, sem sono, com medo.
Voltei a ler o livro e a narração entrava em uma descrição de distúrbio de autoflagelação. Sem estômago para imaginar, mas se tinha algo que a minha desperta mente estava boa em fazer, era ser gráfica na encenação dos detalhes.
Me deu fraqueza.
Persisti na leitura e escuto uma frase do além enquanto a leio no livro
*as crianças na floresta fazem jogos selvagens*
Parei na hora para pesquisar se de fato o poema existia ou se era tão falso como a minha coragem.
– o luar é tão urgente e tangível que é preciso fechar as cortinas para se poder pensar em palavras. -
Dizia o site. No desdobrar de palavras eu me sentia pior ainda e sem estrutura para aquilo. O poema era falso afinal.
No fim do site uma pergunta e resposta para um tom sobre tom que martelava na minha mente: por que acordei à meia noite?
O fim da página dizia:
*Ainda não encontrou as respostas? Continue procurando*
Agora sim eu estava com medo.